SP é capital com menos jovens expostos à violência, aponta estudo; Maceió tem pior índice entre capitais; Rio foi a que mais reduziu risco. Cidade brasileira com menor vulnerabilidade é Pouso Alegre (MG).

Do G1, em São Paulo.

Entre as capitais brasileiras, São Paulo e Maceió estão em posições opostas no ranking nacional do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência nos municípios, divulgado nesta terça-feira (19) pelo Ministério da Justiça e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo tem o melhor resultado, com jovens menos expostos a riscos, enquanto a capital alagoana aparece no outro extremo da lista -- repetindo as posições da edição anterior, divulgada em 2009. Já o Rio de Janeiro, que era a 5ª capital com jovens mais vulneráveis, no novo levantamento é a 4ª capital menos vulnerável do país.

O estudo foi realizado em 283 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes e usou dados consolidados pelo Censo Demográfico/2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento retrata questões que influenciam a vida de jovens de 12 a 29 anos de idade, como homicídios e mortalidade no trânsito; pobreza, desigualdade socioeconômica; frequência dos jovens nas escolas; e o acesso ao mercado de trabalho.

O IVJ tem escala que varia de 0 (melhor resultado possível) a 1 (pior resultado possível) e classifica em primeiro lugar as cidades mais vulneráveis à violência, em um “ranking inverso”, em que a pontuação mais elevada representa maior vulnerabilidade, proporcionalmente. A fórmula foi criada pela Fundação Seade, de São Paulo, e incorpora dados sobre homicídios e acidentes de trânsito na metodologia do Índice de Homicídios de Adolescentes, desenvolvida pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

As cidades com índice de até 0,300 são consideradas de vulnerabilidade baixa; mais de 0,300 a 0,370, vulnerabilidade média-baixa; mais de 0,370 a 0,450, vulnerabilidade média; mais de 0,450 a 0,500, vulnerabilidade alta; e mais de 0,500, vulnerabilidade muito alta.

Confira abaixo o ranking das capitais

Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ)

 

CAPITAIS

POSIÇÃO NO RANKING NACIONAL

ÍNDICE DE VULNERABILIDADE

CONDIÇÃO DE VULNERABILIDADE

Maceió

12ª

0,419

Média

Porto Alegre

53ª

0,347

Média-baixa

Boa Vista

54ª

0,346

Média-baixa

Macapá

56ª

0,345

Média-baixa

João Pessoa

58ª

0,344

Média-baixa

Porto Velho

64ª

0,342

Média-baixa

Salvador

65ª

0,341

Média-baixa

Cuiabá

75ª

0,333

Média-baixa

Fortaleza

80ª

0,330

Média-baixa

Belém

83ª

0,328

Média-baixa

Recife

85ª

0,325

Média-baixa

Rio Branco

97ª

0,321

Média-baixa

Teresina

100ª

0,316

Média-baixa

Palmas

102ª

0,315

Média-baixa

Manaus

112ª

0,306

Média-baixa

São Luís

117ª

0,303

Média-baixa

Vitória

124ª

0,297

Baixa

Aracaju

134ª

0,290

Baixa

Natal

143ª

0,279

Baixa

Goiânia

145ª

0,278

Baixa

Campo Grande

148ª

0,275

Baixa

Brasília

166ª

0,262

Baixa

Curitiba

174ª

0,258

Baixa

Rio Janeiro

193ª

0,248

Baixa

Belo Horizonte

194ª

0,248

Baixa

Florianópolis

195ª

0,247

Baixa

São Paulo

221ª

0,230

Baixa

FONTE: Ministério da Justiça e Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Rio é destaque

O Rio de Janeiro foi a capital que teve a melhor evolução pelo IVJ, saindo de 0,471 em 2007 (ano da coleta de dados do estudo divulgado em 2009) para 0,248 (2010). Segundo o levantamento, a melhoria de indicadores como taxas de homicídio, pobreza e desigualdade socioeconômica conduziram a cidade a tornar-se a quarta capital menos vulnerável do país, com um avanço de mais cem posições na lista geral de municípios -- não é possível fazer uma comparação exata no número total, já que na edição anterior foram 266 as cidades pesquisadas.

Na 221ª posição, São Paulo aparece com índice de 0,230 de IVJ. Já o estado de São Paulo conta com sete das dez cidades mais bem posicionadas no ranking: Araraquara (275°), São Carlos (277°), Limeira (278°), Americana (279°), Birigui (280°), Valinhos (281°) e São Caetano do Sul (282°).

Segundo Renato Sérgio de Lima, conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e supervisor técnico do indicador, "o IVJ não tem objetivo de isolar o impacto de programas como o Pronasci e avaliá-los especificamente". "O que há é uma evidência de que a focalização adotada pelo Ministério da Justiça funcionou e que, para garantir avanços futuros, mecanismos de monitoramento e avaliação da política de segurança pública precisam ser estruturados."

Lima afirma que o fato de a cidade do Rio de Janeiro ter melhorado no ranking dá indicativos de que as medidas na área de segurança pública adotadas no estado e na capital funcionaram. "As Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) dão indícios de sucesso na garantia de segurança ao cidadão. Não avaliamos os resultados das UPPs, não é esse o nosso papel, mas foi o investimento público no estado e na capital de estado que mais se destacou na região nos últimos anos."

Município mais seguro

A cidade brasileira com menor vulnerabilidade à violência juvenil é Pouso Alegre (MG), com 0,153 de IVJ. Apenas três municípios têm condição de vulnerabilidade considerada alta: Eunápolis (BA), com 0,480; Marabá (PA), com 0,465; e Arapiraca (AL), com 0,453. Elas ocupam, respectivamente, a 1ª, 2ª e 3ª posições no ranking do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Entre os 11 municípios mais vulneráveis que Maceió, seis são baianos: Simões Filho (11°), Teixeira de Freitas (9°), Lauro de Freitas (8°), Paulo Afonso (7°), Porto Seguro (4°) e o município mais vulnerável à violência no país, Eunápolis. Completam os dez primeiros lugares do ranking Marabá (PA), em 2°; Arapiraca (AL), 3°; Santa Rita (PB), em 5°; Alvorada (RS), em 6°; e Luziânia (GO), em 10º.

Outras seis capitais, no entanto, tiveram piora no ranking: Palmas, 102ª cidade mais vulnerável; Rio Branco (97ª); Cuiabá (75ª); Macapá (56ª); Porto Alegre (53ª) e Maceió (12ª). Esta última registrou IVJ de 0,419.

Ainda de acordo com Lima, o raciocínio mais adequado sobre os dados do levantamento é o de que "onde se controla a violência, os indicadores sociais melhoram e a vida das pessoas segue o mesmo caminho". "Segurança é fator de desenvolvimento", diz.

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